Novo Projeto de Ultralearning: Você pode aprender a desenhar retratos realistas em um mês?
Curso de Desenho Realista com Alexandre Porto - Desenho Realista para Iniciantes
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Sobre Alexandre Porto
Bombeiro Militar de MG há 18 anos, divide sua profissão com a de professor de desenhos há 10 anos, com aulas presenciais em belo Horizonte MG.
Dominando técnicas de grafite, lápis de cor, giz pastel seco, carvão e aquarela, optou pelo realismo para expressar sua arte. Seu trabalho ganhou grande repercussão, além da qualidade, pelos feitos que conseguiu através da arte do desenho. Em 2013 foi matéria do programa Balanço Geral da TV Record, onde apresentou o seu trabalho e conseguiu entregar um desenho ao jogador Ronaldinho Gaúcho na casa do jogador.
No ano de 2014, foi matéria de muitos veículos de comunicação ao entregar um desenho, pessoalmente, ao jogador Lionel Messi da Argentina durante a copa do mundo.
Em 2015, participou do quadro Acerte o Desenho no Caldeirão do Hulck, onde teve a oportunidade de entregar um desenho ao apresentador.
Perguntas Frequentes
Como vou ter acesso ao curso?
Assim que você realizar o pagamento, você irá receber um e-mail confirmando este pagamento e em seguida um outro e-mail com os dados de acesso ao portal do aluno.
Vou receber algum material em casa?
Não, o curso é 100% Online. Você irá receber em casa apenas o certificado de conclusão do Curso.
Como faço para assistir?
É um curso 100% online. Você fará seu login através do computador, notebook ou Smartphone.
Quanto tempo tenho para assistir as aulas?
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Novo Projeto de Ultralearning: Você pode aprender a desenhar retratos realistas em um mês?
Estou sempre interessado em ver se existem maneiras criativas de aprender as coisas mais rapidamente. Recentemente, tentei aprender algumas habilidades um pouco fora de minhas experiências anteriores com projetos de ultralearning: desenhar rostos.
Neste post, vou compartilhar porque e como eu fiz o projeto. Mostrarei alguns métodos não convencionais que achei que funcionaram bem para acelerar o processo de aprendizagem. Embora muito do que estou discutindo seja específico para desenhar retratos, os princípios podem ser aplicados para aprender muitas habilidades. Portanto, mesmo que você não esteja interessado em arte, acho que há insights importantes para aprender qualquer habilidade complexa.
Esta postagem é um resumo, mas gosto de documentar meus projetos da forma mais completa possível. Para os interessados em pesquisar mais profundamente, enviei todos os esboços, desenhos, materiais utilizados, cursos realizados e até mesmo um diário que mantive na página do projeto .
Este será um longo post com inúmeras imagens, notas técnicas e descrições detalhadas. Caso você queira apenas o resumo e as implicações para aprender outras habilidades, pule para a conclusão aqui . Caso contrário, vamos mergulhar!
Motivação e Preparação para o Projeto
A motivação para este projeto surgiu quase por acidente. Eu me interessei de novo pela arte, algo que eu tinha desfrutado no ensino médio, mas fiquei à beira do caminho, pois tinha que começar a me concentrar em coisas mais "importantes". Nesse processo de reavivamento, descobri um grande livro - Desenho no lado direito do cérebro .
Este livro ensina uma abordagem generalizada de desenho que se concentra principalmente em habilidades de percepção. Não como você segura o lápis ou faz o sombreamento, mas sim como você realmente vê o que está na sua frente de uma maneira precisa.
Eu completei o curso (demorou cerca de 20 horas), mas quando cheguei à seção de desenho de retrato ainda era frustrante. Apesar dos meus melhores esforços, não consegui produzir um desenho que realmente se parecesse com a pessoa que eu iria desenhar.
Desenhar rostos era um processo miserável, cheio de aguda frustração para mim. Ao contrário de paisagens ou objetos, onde, com sorte, consegui algo com o qual fiquei feliz no final, não consegui sequer olhar para minhas tentativas de desenho de pessoas reais.
Foi essa mistura de frustração por desenhar retratos e minha admiração por pessoas que poderiam fazê-lo bem, que me inspirou a tentar enfrentá-lo em um projeto de ultralearning . Senti que, se conseguisse aprender a desenhar bem os rostos, isso não apenas me ensinaria habilidades artísticas importantes, mas também me daria a confiança de que eu poderia me candidatar a futuros projetos artísticos.
Meu compromisso com o projeto era simples: eu trabalharia para melhorar minha capacidade de desenhar retratos com grafite por mais de trinta dias. Eu também adicionei uma restrição adicional: vinte e cinco horas por semana no máximo. Isso significava cinco horas por dia, de segunda a sexta-feira. Isso me deu tempo suficiente para fazer um progresso sério, mas não muito tempo que eu não pudesse continuar minhas responsabilidades normais de trabalho.
Começando o Projeto: Desconstrução de Habilidades e Feedback Rápido.
A parte mais difícil de desenhar rostos é que nossos cérebros são maravilhosos aparelhos de reconhecimento facial. Se um olho está a poucos milímetros da posição que deveria ocupar, temos uma estranha sensação de que algo está errado. Uma expressão pode ir do conteúdo para o tedioso com apenas algumas larguras de linha de diferença.
Isso significa que desenhar faces, ao contrário de cadeiras ou árvores, requer um nível incrível de precisão para ser atraente.
Meu primeiro passo foi tentar isolar esse componente da habilidade: posicionar e dimensionar corretamente os recursos faciais e praticá-lo de forma rápida e repetida.
Eu decidi fazer isso desenhando toneladas de rostos. Todos os dias eu faria um retrato “acabado”, gastando cerca de uma hora ou duas. Isso me permitiria ver o progresso claramente. Além disso, eu faria exercícios de tentar fazer desenhos de linhas de rostos rapidamente. Este último objetivo me daria um ciclo de feedback mais apertado para que eu pudesse melhorar na habilidade do componente de dimensionar e posicionar recursos faciais sem precisar se preocupar com coisas como sombreamento ou cabelo.
Eu segui essa abordagem por vários dias: um retrato finalizado, seguido por uma dúzia ou mais de desenhos. No entanto, eu ainda estava gastando muito tempo em cada desenho de linha (10 a 15 minutos) e senti que o feedback não era tão rápido quanto eu gostaria.
Para consertar isso, decidi ser mais agressivo, mudando para esboços menores e ultra-rápidos (20 segundos cada). Esses desenhos não mais se pareciam com a foto de referência. No entanto, eles me permitiram obter recursos amplos (largura da cabeça, nível dos olhos, etc.) quando os comparei com a sobreposição.
Depois de completar mais de uma centena desses esboços menores, mudei de volta para uma abordagem intermediária - fazendo os desenhos de linhas originais, mas gastando apenas 4-5 minutos por desenho. Estes eram maiores e permitiam avaliações de maior precisão das sobreposições de fotos de referência (por exemplo, eu podia comparar o tamanho dos olhos, algo que era muito refinado nos desenhos mais rápidos).
Projeto-médio: batendo na parede e superando-a por novos métodos
Em torno do meio do projeto, minha técnica para fazer retratos acabados havia se tornado razoavelmente bem estabelecida. Eu desenhava a cabeça, tentava colocar as feições mais ou menos, olhava para ela, fazia um palpite onde as coisas precisavam ser ajustadas, apagava essas feições, redesenhava-as e repetia.
Infelizmente, a última parte - repetir - tendia a acontecer com bastante frequência. Alguns desenhos exigiam redesenhar a posição do olho até uma dúzia de vezes. E depois de tudo o que foi feito, muitas vezes eu ainda estava insatisfeito com a semelhança dos meus desenhos.
Eu tinha ficado melhor em desenhar rostos, mas o meu nível de frustração durante o desenho era praticamente o mesmo. Eu poderia fazer com que as coisas parecessem um pouco com a pessoa que eu estava desenhando, mas isso só tornava ainda mais frustrante quando as coisas não pareciam corretas.
Infelizmente, minha técnica de repetição de desenho de linha estava perdendo a força. Eu não estava ficando muito melhor ou mais rápido, apesar de ter feito centenas de repetições. Isso é comum com aprimoramentos de habilidades - você verá ganhos de iniciante rápidos e retornos decrescentes à medida que continua praticando.
Eu sabia que, se quisesse continuar melhorando antes do fim do projeto, precisaria de um choque. Algo para me levar a um novo nível de método e precisão.
Pesquisando extensivamente on-line, a maioria dos tutoriais que encontrei eram ruins. Eles defendiam métodos que eu já tinha renegado, como o método de grade ou rastreamento. Ou focar-se-iam em belos timelapses que enfatizavam muito o sombreamento (uma parte relativamente fácil) em vez de um posicionamento de recurso preciso (o que achei mais difícil).
Eventualmente, no entanto, me deparei com este curso por Vitruvian Studios . Acabou sendo exatamente o que eu precisava e me tirou de minhas barreiras ao desenhar, introduzindo-me a novos métodos que desafiavam minha abordagem atual de desenho e me davam novas ferramentas para lidar com os desafios de desenhar um retrato.
Em particular, ensinou:
Para marcar pontos importantes no rosto usando triangulação . Este é um método onde você observa e copia ângulos conforme os percebe. Isso permite que você obtenha a largura da cabeça, a forma e o posicionamento do recurso de forma bastante precisa antes de começar a desenhar nas curvas e linhas exatas. A desvantagem desse método é que ele consome tempo, por isso não é possível usá-lo para esboços rápidos.
Para desenhar o rosto de fora para dentro . Combinado com o método de triangulação, isso permite que você construa cada vez mais o rosto antes de se comprometer com detalhes mais precisos, permitindo que o retrato tenha uma precisão cada vez maior à medida que avança.
Usando papel tonificado junto com giz (também conhecido como “carvão branco”). Isso facilita o realce do desenho, pois você não precisa sombrear todo o papel para tornar um único ponto mais brilhante na página.
Estabelecer faixas tonais no início de um ponto de alto contraste. Iniciar o sombreamento em um ponto que tenha quase toda a gama de valores que você deseja para o desenho permite estabelecer um intervalo de tons mais cedo, para que você não tenha muito trabalho para re-sombrear áreas inteiras quando perceber que algo não está escuro / brilhante o suficiente.
Compreender a geometria do rosto. Em vez de apenas pensar no tom correspondente, tente pensar no rosto como se fosse um objeto 3D.
Isso produziu uma melhoria imediata nos meus retratos e permitiu-me entrar em uma nova curva de melhoria. Agora, eu estava de volta à fase inicial para esses novos métodos, onde o progresso ainda pode ser feito facilmente através da prática repetida.
Fim do projeto: Revisitando meu auto-retrato
A última parte do projeto me fez continuar a me concentrar nos métodos vitruvianos para fazer retratos acabados. Parei de fazer os desenhos de linhas rápidas e concentrei-me em tentar me sentir confortável com o processo, conforme ensinado.
No início, esse método parecia tão diferente da minha abordagem anterior, que quase parecia que minha prática de desenho de linha era um desperdício. Qual era o ponto de adivinhar onde as feições estavam se houvesse um método para colocá-las exatamente?
No entanto, quando cheguei ao final do projeto, descobri que havia uma boa fusão entre as duas abordagens. A técnica de triangulação e abordagem metódica para desenhar retratos como ensinado nesse curso me deu um bom primeiro passo no posicionamento das coisas. Mas, em última análise, a capacidade de ver uma imagem e saber onde as coisas precisavam ser ajustadas era inestimável como uma habilidade complementar. Usando os dois significava que eu poderia obter resultados mais precisos do que sozinho.
Perto do final, decidi revisitar meu autorretrato. Esta foi a minha terceira tentativa, após a primeira tentativa francamente desastrosa antes de começar a desenhar no lado direito do cérebro, o que me estimulou a iniciar o projeto, e a minha segunda tentativa, que fiz no primeiro dia do projeto.
Sabendo mais, fiz questão de tirar uma boa foto com iluminação e resolução decentes. Eu optei pela visão de 3/4 desta vez, pois ela tende a ser mais interessante e mostra as habilidades que obtive com mais facilidade, já que os recursos não são mais simétricos no plano 2D.
Passei cerca de dez horas neste retrato final (em contraste com cerca de uma hora nos dois retratos anteriores).
Além das técnicas de triangulação e gestalt para o bloqueio e ajuste do rosto, também fiz medições relativas. Eu faria isso travando meu braço esticado, fechando um olho e percebendo a distância entre dois pontos arbitrários (digamos, o canto do olho esquerdo e a parte inferior da orelha) usando o lápis. Eu tentaria então “combinar” essa distância com outro conjunto de dois pontos que, em teoria, não deveriam estar relacionados. Em particular, eu tentaria corresponder principalmente as distâncias horizontais com a maior parte das distâncias verticais, já que elas seriam coincidentemente as mesmas e, portanto, seria improvável que as duas estivessem incorretas exatamente da mesma maneira. Se essas duas distâncias também correspondessem ao meu próprio desenho, eu poderia estar razoavelmente confiante de que elas foram desenhadas corretamente.
O resultado final foi o primeiro auto-retrato que eu senti realmente parecia comigo!
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